Mês passado fui na casa da Izabela Ferreira e ela me deu de presente algumas plantas suculentas.
Quando fui transportar uma das plantas numa caixa, as folhas e os galhos caíram aos montes, me dando a sensação angustiante de que a planta estava se desmontando inteira.
Levei comigo as folhas caídas e deixei elas deitadas na terra. Algumas semanas passaram e…
TCHARAN! O milagre se fez: A vida veio e venceu de novo.
Assim como as plantas, o sistema familiar tem ciclos de expansão e reinvenção. Sob a folha que caí, nasce uma nova planta fresquinha.
A vida vem e vence de novo.
São ciclos de morte e nascimento, luto e celebração… O fluxo inteiro indivisível de vida.
Mesmo diante de destinos difíceis, injustiças, dores, perdas, tragédias, surge na alma familiar uma força misteriosa e especial.
A vida vem e vence de novo.
A força vem do desejo de todo o clã de sair do que já foi experimentado e ir para o novo. Sob uma geração surge outra, uma extensão viva do que já foi, que ultrapassa o padrão repetido e explora outros caminhos.
A vida vem, invicta, e vence de novo.
