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Olhar para o inconsciente familiar é como lavar louça.
Se há resíduos de crenças e cargas no sistema familiar, é porque as mesmas crenças e cargas nutriram e trouxeram benefícios para o sistema familiar em outros tempos.
Se tem louça suja é porque teve comida.
Por exemplo: a crença “nós somos pobres”.
Essa afirmação pode ter sido importante em um momento de pobreza e crise, em que era importante para o clã familiar lidar com a miséria e com a realidade como ela era.
Depois, quando o mesmo sistema familiar busca uma solução, migra para um outro país, se desenvolve financeiramente, a crença se torna defasada.
A crença que estava a serviço da sobrevivência simplesmente perde o sentido em outro espaço-tempo.
Se um sistema tem cargas e crenças que agora não fazem sentido, é porque esse sistema tem vida, movimento e evolução.
Se dramatizamos essas cargas e nos fazemos vítimas delas, ficamos paralisados e a louça fica lá com a sujeira encrostando e as moscas circulando.
Se decidimos lidar com as cargas do sistema familiar de maneira sóbria e sem julgamentos, a liberação (das crenças, sentimentos e padrões limitantes) pode ser rápida e natural.
Dora Nogueira – Constelações Familiares