Nesse texto trago o olhar para dois campos de dor, a do feminino ferido e o do masculino ferido:
O ódio do feminino ferido
Eu sou o feminino que foi ferido, silenciado e oprimido
Eu represento todas as mulheres que foram excluídas
Eu represento todas os sonhos que foram calados
Eu represento todas as moças que foram subjulgadas
Eu sangro por todas que morreram violentamente
Eu me ressinto por todas que foram traídas
Eu me enojo por todas que foram estupradas
Quiseram que eu sentisse culpa por ser mulher
Mas não conseguiram
Em mim o luto luta
A minha dor dilacera o meu peito
E da minha dor eu faço um decreto
Eu não permito mais
Todo masculino é tóxico e violento
O masculino não tem mais lugar aqui.
E digo mais. Ainda que me custe a vida:
Por mim, o masculino pode sumir.
O ódio do masculino ferido
Eu sou o masculino que foi ferido, julgado e excluído
Eu represento todos os meninos que buscaram o pai e não encontraram
Eu engulo todos os choros engolidos
Eu represento todos os pais que tiveram seus filhos afastados e alienados
Eu me ressinto por todos que foram traídos e enganados
Eu carrego no meu peito, em sigilo, todo o terror visto na guerra
Eu sangro por todos os homens mortos e adoecidos em combate
Eu me enojo por todos que foram estuprados
Quiseram que eu sentisse culpa por ser homem.
Mas não conseguiram
Em mim não há tempo para lutos
A dor dilacera o meu peito
E da minha dor eu faço um decreto
Eu não abaixo mais a cabeça ao feminino
Todo feminino é manipulador e ardiloso
O feminino não tem mais lugar aqui
E digo mais. Ainda que me custe a vida:
Por mim, o feminino que se dane.
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Dora Nogueira – Constelações Familiares